Composição
Princípio ativo:levodopa + cloridrato de benserazida.
- Prolopa® comprimidos 250 mg: contém 200 mg de levodopa (L-dopa) e 57 mg de cloridrato de benserazida, correspondente a 50 mg de benserazida.
Excipientes: manitol, fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, amido, povidona, estearato de magnésio, etilcelulose, óxido de ferro vermelho, ácido silícico, dioctilsulfosuccinato de sódio.
- Prolopa® HBS* cápsulas 125 mg: contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e 28,5 mg de cloridrato de benserazida, correspondente a 25 mg de benserazida.
Excipientes: hipromelose, óleo vegetal hidrogenado, fosfato de cálcio dibásico anidro, manitol, talco, povidona, estearato de magnésio.
- Prolopa® comprimidos dispersíveis 125 mg: contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e 28,5 mg de cloridrato de benserazida, correspondente a 25 mg de benserazida.
Excipientes: ácido cítrico anidro, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Apresentação
Prolopa® comprimidos 250 mg. Via oral. Caixa com 30 comprimidos birranhurados.
Prolopa® HBS* cápsulas 125 mg. Via oral. Caixa com 30 cápsulas.
Prolopa® comprimidos dispersíveis 125 mg. Via oral. Caixa com 30 comprimidos dispersíveis.
*HBS é uma sigla adotada internacionalmente e significa Hydrodynamically Balanced System, uma apresentação especial que propicia uma liberação prolongada das substâncias ativas no estômago, onde a cápsula de Prolopa® HBSpermanece por várias horas.
USO ADULTO
Indicações
Prolopa®250 é indicado para o tratamento da doença de Parkinson.
Prolopa®dispersível é uma formulação que é adequada para pacientes com disfagia (dificuldade de deglutição) ou pacientes que necessitem uma forma farmacêutica com início de ação mais rápido, por exemplo, pacientes com acinesia matinal ou vespertina, ou efeito de final de dose.
Prolopa®HBS é indicado para pacientes parkinsonianos, com todos os tipos de flutuação (p.e. discinesias de pico de dose, deterioração de final de dose - como acinesia noturna).
Dosagem
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
Sempre utilize Prolopa®exatamente como seu médico recomendou. Não mude as doses, em hipótese alguma, por sua conta. Pode ser prejudicial para sua saúde.
Sempre que possível Prolopa®deve ser tomado no mínimo 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições.
Modo de administração
Os comprimidos convencionais de Prolopa®250 podem ser partidos (são birranhurados) para facilitar a deglutição e o ajuste posológico.
As cápsulas de Prolopa®HBS devem ser deglutidas inteiras, sem mastigar.
Os comprimidos dispersíveis de Prolopa®devem ser dissolvidos em água, em volume correspondente a ¼ de copo (aproximadamente 25 - 50 mL). Os comprimidos se desintegram completamente, produzindo uma solução de coloração leitosa, em poucos minutos. Devido à rápida sedimentação, recomenda-se agitar a solução antes de tomá-la. Os comprimidos dispersíveis de Prolopa®devem ser ingeridos até ½ hora após a preparação da dispersão.
Sempre que possível Prolopa®deve ser tomado no mínimo 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições. Efeitos adversos gastrintestinais, que podem ocorrer principalmente nos estágios iniciais do tratamento, podem ser controlados, em grande parte, com a ingestão de Prolopa®com um pequeno lanche (p. e. biscoitos) ou líquido, ou com o aumento gradativo da dose.
POSOLOGIA
Dose usual
O tratamento com Prolopa® deve ser iniciado gradualmente; a dose deve ser estabelecida individualmente e aumentada gradativamente até otimização do efeito. Portanto, as recomendações posológicas a seguir devem ser consideradas como sugestões.
Tratamento inicial
Nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o tratamento com ¼ de comprimido de Prolopa®250 (62,5 mg), três a quatro vezes ao dia. Assim que se confirmar a tolerabilidade ao esquema inicial, a dose pode ser aumentada lentamente, de acordo com a resposta do paciente.
A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de Prolopa® correspondente a faixa de 300 - 800 mg de levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em 3 ou mais administrações. Podem ser necessárias 4 a 6 semanas para se atingir o efeito ideal. Se forem necessários incrementos adicionais, estes devem ser realizados em intervalos mensais.
Tratamento de manutenção
A dose média de manutenção é de 1/2 comprimido (125 mg) de Prolopa® 250, 3 a 6 vezes ao dia. O número ideal de administrações (não inferior a 3) e sua distribuição ao longo do dia devem ser tateados para um efeito ideal. Prolopa® 250pode ser substituído por Prolopa® HBS ou Prolopa®dispersível, para otimização do efeito.
Instruções posológicas especiais
As doses devem ser aumentadas com cuidado em todos os pacientes (vide item Indicações). Pacientes em uso de outros agentes antiparkinsonianos podem receber Prolopa®. Entretanto, com a evolução do tratamento com Prolopa® e os efeitos terapêuticos tornando-se aparentes, pode ser necessário reduzir ou retirar gradualmente as outras drogas.
Prolopa®dispersível é particularmente indicado para pacientes com disfagia (dificuldade de deglutição) ou que necessitem uma formulação com início de ação mais rápido, por exemplo, pacientes com acinesia matinal ou vespertina, efeito de final de dose, ou que apresentam "delayed on" ou encurtamento da duração do efeito (fenômeno "wearing off").
Pacientes com grandes flutuações no efeito do medicamento ao longo do dia (fenômeno "on-off") devem receber doses individuais menores e mais frequentes ou passar para Prolopa® HBS.
A substituição de Prolopa® 250 por Prolopa® HBS deve preferencialmente ser feita de um dia para outro, iniciando-se com a dose matinal. A dose diária e o intervalo interdose devem inicialmente ser os mesmos. Dois ou 3 dias após, a dose deve ser gradualmente aumentada em cerca de 50%. Os pacientes devem ser informados de que sua condição pode deteriorar temporariamente.
Em razão das propriedades farmacocinéticas de Prolopa® HBS, o início de ação é retardado. O efeito clínico pode ser obtido mais rapidamente, associando-se a forma convencional, Prolopa® 250, ou Prolopa®dispersível ao Prolopa® HBS. Tal estratégia pode ser particularmente útil para a primeira dose do dia, que deve preferencialmente ser maior que as doses subsequentes. O ajuste posológico individual de Prolopa® HBS deve ser realizado lenta e cuidadosamente, com intervalos de no mínimo 2 a 3 dias entre os incrementos de dose.
Em pacientes com acinesia noturna, efeitos positivos têm sido relatados com o aumento gradual da última dose noturna a até 250 mg de Prolopa® HBS, ingeridos ao deitar.
Resposta excessiva ao Prolopa® HBS (discinesia) pode ser controlada, com o aumento do intervalo entre as doses ao invés da redução da magnitude das mesmas.
Se a resposta ao Prolopa® HBS não for adequada, deve-se retornar ao tratamento com Prolopa®, na forma convencional ou dispersível.
Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados em relação a possíveis sintomas psiquiátricos.
Contra-indicações
Prolopa®não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação, por crianças e também não deve ser utilizado por pacientes que estejam tomando ou tenham tomado recentemente inibidores da monoaminoxidase, por pacientes com doenças graves dos rins, coração, fígado ou glândulas endócrinas, com glaucoma de ângulo fechado ou com história anterior de algumas doenças psiquiátricas graves. Informe seu médico sobre qualquer medicamento utilizado antes ou durante o tratamento.
Deve-se ter cuidado especial em pacientes com antecedentes de doenças cardíacas ou pacientes diabéticos. Os pacientes com glaucoma de ângulo aberto devem ter a pressão intra-ocular medida regularmente. Se estiver usando Prolopa®, informe seu médico caso tenha que se submeter a uma cirurgia.
Não faça uso deste medicamento sem prescrição e acompanhamento médico. Pode ser que Prolopa®não seja indicado para seu caso, o que só seu médico poderá avaliar. Pela mesma razão, não ceda nem recomende este medicamento para outras pessoas.
Prolopa®não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à levodopa ou à benserazida.
Prolopa®não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Entretanto, inibidores seletivos da MAO-B, como a selegilina e rasagilina, ou inibidores seletivos da MAO-A, como a moclobemida, não são contra-indicados. A combinação de inibidores da MAO-A e MAO-B é equivalente a IMAOs não-seletivos e, portanto, não deve ser administrada concomitantemente com Prolopa®(vide item Interações medicamentosas).
Prolopa®não deve ser administrado a pacientes com função hepática, renal ou endócrina descompensada, distúrbios cardíacos, distúrbios psiquiátricos com componente psicótico ou glaucoma de ângulo fechado.
Prolopa®não deve ser administrado a pacientes com menos de 25 anos de idade (o desenvolvimento ósseo deve estar completo).
Prolopa®não deve ser administrado a grávidas ou mulheres com possibilidade de engravidar, na ausência de método anticoncepcional adequado. Se ocorrer gravidez durante tratamento com Prolopa®o medicamento deverá ser interrompido imediatamente.
Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento com Prolopa®não devem amamentar, pois o risco de ocorrência de malformações do sistema esquelético da criança, não pode ser excluído.
Reações Adversas
Distúrbios no sangue e sistema linfático: anemia hemolítica, leucopenia transitória e trombocitopenia têm sido relatados em casos raros. Portanto, como em todo tratamento de longo prazo com levodopa, recomenda-se monitoração periódica hematológica e de função hepática e renal.
Distúrbios nutricionais e do metabolismo: anorexia foi relatada.
Distúrbios psiquiátricos:depressão pode fazer parte do quadro clínico em pacientes com doença de Parkinson e podem também ocorrer em pacientes tratados com Prolopa®. Agitação, ansiedade, insônia, alucinações, delírios e desorientação temporal podem ocorrer particularmente em pacientes idosos e em pacientes com antecedentes psiquiátricos.
Distúrbios do sistema nervoso: casos isolados de ageusia ou disgeusia foram relatados. Em estágios tardios do tratamento, pode ocorrer discinesia (coreiformes ou atetóticos). Estes, em geral, podem ser eliminados ou tornam-se suportáveis com redução da dose. Com tratamento prolongado, podem ocorrer flutuações da resposta terapêutica, incluindo episódios de acinesia, deterioração de final da dose e efeito "on-off". Estes podem ser eliminados ou tornam-se suportáveis, com ajuste de dose e administração de doses individuais menores, mais frequentemente. Posteriormente, pode-se tentar aumentar a dose novamente, para intensificar o efeito terapêutico. O uso de Prolopa®pode ocasionar sonolência e pode estar associado muito raramente a sonolência excessiva durante o dia e episódios de sono de início repentino.
Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas podem ocorrer ocasionalmente.
Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática pode ocorrer ocasionalmente. Distúrbios ortostáticos, em geral, melhoram com redução da dose de Prolopa®.
Distúrbios gastrintestinais:náusea, vômito e diarréia foram relatados com Prolopa®. Efeitos adversos gastrintestinais, que podem ocorrer predominantemente em estágios iniciais do tratamento, são em grande parte controláveis com a ingestão de Prolopa®com alimentos ou líquidos, ou com aumento gradual da dose.
Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele:reações alérgicas como prurido e ruborpodem ocorrer em casos raros.
Investigações:aumento transitório de transaminases e fosfatase alcalina pode ocorrer. Aumento de glutamiltransferase foi relatado.
Elevação dos níveis sanguíneos de uréia pode ser observada com o uso de Prolopa®.
Pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e tornando-se mais escura, se guardada.
Resultados de eficácia
A levodopa é a droga mais eficaz para o tratamento de todas as fases da doença de Parkinson, promovendo melhora significativa dos sintomas motores e da qualidade de vida dos pacientes.
Referências bibliográficas
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2. Parkinson Study Group. JAMA 2000;284:231
3. Gourdreau J., Ahlskog JE. Symptomatic Treatment of Parkinson´s Disease: Levodopa. Pág 713-28. In Parkinson´s Disease. Ebadi M e Pfeiffer RF eds., CRC Press, Estados Unidos, 2005.
4. Fahn, Oakes, Shoulson et al and The Parkinson Study Group. Levodopa and the progression of Parkinson's disease. N Engl J Med 2004; 351: 2498-2508.
Interação com outros medicamentos
Interações farmacocinéticas
A associação do anticolinérgico trihexifenidil com comprimidos convencionais de Prolopa® 250 reduz a taxa, mas não a extensão, da absorção de levodopa. A administração de trihexifenidil com Prolopa®HBS não afeta a farmacocinética da levodopa.
A administração concomitante de antiácidos com Prolopa® HBS reduz a extensão da absorção de levodopa em 32%.
Sulfato ferroso reduz a concentração plasmática máxima e a área sob a curva de levodopa em 30 a 50%. As alterações farmacocinéticas observadas durante a co-administração de sulfato ferroso parecem ser clinicamente significantes em alguns, mas não em todos os pacientes.
A metoclopramida aumenta a taxa de absorção de levodopa.
Não há interações farmacocinéticas entre a levodopa e os seguintes compostos: bromocriptina, amantadina, selegilina e domperidona.
Interações farmacodinâmicas
Neurolépticos, opióides e medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina inibem a ação de Prolopa®.
Se Prolopa®for administrado a pacientes em uso de IMAO não-seletivo, deve-se aguardar um intervalo mínimo de 2 semanas entre a interrupção do IMAO e o início do tratamento com Prolopa®. Caso contrário, podem ocorrer efeitos adversos como crise hipertensiva (vide item Contra-indicações). IMAOs-B seletivos, como a selegilina e rasagilina, e IMAOs-A seletivos, como a moclobemida, podem ser prescritos a pacientes em tratamento com Prolopa®; recomenda-se reajustar as doses de levodopa, conforme as necessidades individuais dos pacientes, em termos de tolerabilidade e eficácia. A combinação de inibidores seletivos de MAO-A e MAO-B é equivalente ao uso de IMAOs não-seletivos e não deverá ser administrada juntamente ao Prolopa®.
Prolopa®não deve ser administrado concomitantemente com simpatomiméticos (como epinefrina, norepinefrina, isoproterenol ou anfetamina, os quais estimulam o sistema nervoso simpático), pois a levodopa pode potencializar seus efeitos. Se houver necessidade de administração concomitante, é essencial monitoração rigorosa do sistema cardiovascular e pode ser necessária redução da dose do simpatomimético.
A associação com outros produtos como anticolinérgicos, amantadina e agonistas dopaminérgicos é permitida; entretanto, tanto os efeitos desejados como os efeitos adversos podem ser intensificados. Pode ser necessária redução da dose de levodopa ou do outro antiparkinsoniano. Quando iniciado o tratamento adjuvante com inibidor da COMT, pode ser necessária redução da dose de Prolopa®. Anticolinérgicos não devem ser retirados abruptamente quando se iniciar tratamento com Prolopa®, pois o efeito da levodopa não é imediato.
A levodopa pode alterar os resultados de dosagens laboratoriais de catecolaminas, creatinina, ácido úrico e glicose.
O teste de Coombs pode ser falso positivo em pacientes em uso de Prolopa®.
Observa-se redução do efeito, quando Prolopa®é ingerido com uma refeição rica em proteínas.
Anestesia geral com halotano:deve-se descontinuar o uso de Prolopa® 12 a 48 horas antes da intervenção cirúrgica na qual se utiliza halotano como anestesia geral, pois flutuações da pressão arterial e/ou arritmias podem ocorrer (vide itemAdvertências).
Para anestesia geral e outros anestésicos vide item Advertências.
Cuidado de armazenamento
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C).
Superdose
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de superdose são qualitativamente similares aos efeitos adversos de Prolopa®em doses terapêuticas, mas é provável que sejam mais graves. Superdose pode levar à: efeitos adversos cardiovasculares (p.e. arritmia cardíaca), distúrbios psiquiátricos (p.e. confusão e insônia), efeitos gastro-intestinais (p.e. náusea e vômitos) e movimentos involuntários anormais.
Caso um paciente ingira uma superdose de Prolopa® HBS(forma de liberação controlada), a ocorrência dos sintomas e sinais pode ser retardada devido ao tempo de absorção das substâncias ativas pelo estômago.
Tratamento
Monitorar os sinais vitais do paciente e instituir medidas de suporte de acordo com o estado clínico do paciente. Determinados pacientes podem necessitar de tratamento sintomático para efeitos cardiovasculares (p.e. antiarrítmicos) ou efeitos no sistema nervoso central (p.e. estimulantes respiratórios e neurolépticos).
Além disso, para formulações de liberação controlada uma maior absorção deve ser evitada utilizando método apropriado.
Dizeres legais
MS-1.0100.0064
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Medicamentos relacionados com PROLOPA