Composição
Ingrediente ativo:ácido all-trans-retinóico (tretinoína). Excipientes:cera amarela, óleo de soja hidrogenado, óleo de soja parcialmente hidrogenado e óleo de soja, contidos em uma cápsula constituída por gelatina, glicerol, karion(sorbitol, manitol, amido), dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.
Apresentação
Cápsulas de 10 mg - caixas com frasco contendo 100 cápsulas.
Indicações
VESANOID® é indicado para indução da remissão em leucemia promielocítica aguda (LPA; classificação FAB LMA-M3). Pacientes não tratados anteriormente, bem como pacientes que apresentaram recidiva após quimioterapia padrão (antraciclina e citosina arabinosídeo ou tratamentos equivalentes) ou pacientes que são refratários a qualquer quimioterapia podem ser tratados com ácido all-trans-retinóico. A associação de quimioterapia ao ácido all-trans-retinóico aumenta a duração da sobrevida e reduz o risco de recidiva, comparada à quimioterapia isolada. O tratamento de manutenção está ainda sendo pesquisado, mas foi relatada a perda da capacidade de resposta ao ácido all-trans-retinóico entre os pacientes mantidos somente com ácido all-trans-retinóico.
Dosagem
Recomenda-se uma dose diária total de 45 mg/m2 de superfície corpórea dividida em duas doses iguais, por via oral, para pacientes portadores de leucemia promielocítica aguda. Isto corresponde a aproximadamente 8 cápsulas diárias para um adulto. Recomenda-se que pacientes pediátricos sejam tratados com 45 mg/m2, a menos que apresentem toxicidades graves. A redução da dose deve ser particularmente considerada para crianças com cefaléia intratável. O tratamento deve ser continuado por 30 a 90 dias até que se obtenha remissão completa. Devido à falta de maiores informações no caso de insuficiência renal e/ ou hepática, como medida de precaução, a dose será reduzida para 25 mg/m2. Após remissão completa, deve ser iniciado imediatamente um esquema de quimioterapia de consolidação incluindo antraciclina e citosina arabinosídeo; por exemplo, três cursos em intervalos de 5 a 6 semanas. Se houver remissão com ácido all-trans-retinóico isolado, não é necessário modificar as doses da tretinoína se ela for utilizada em associação com quimioterapia. O efeito da comida na biodisponibilidade do ácido all-trans-retinóico não foi caracterizado. Uma vez que sabemos que a biodisponibilidade dos retinóides, como uma classe, aumenta na presença de comida, recomenda-se que o ácido all-trans-retinóico seja administrado com uma refeição ou pouco depois dela.
Contra-indicações
VESANOID® é contra-indicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade ao ácido all-trans-retinóico ou qualquer um dos seus componentes. O ácido all-trans-retinóico é teratogênico. Portanto, o produto é contra-indicado durante a gravidez e em lactantes (vide itemGestação e Lactação). O uso do ácido all-trans-retinóico em combinação com vitamina A é contra-indicado (vide item Interações medicamentosas).
Reações Adversas
Em pacientes tratados com as doses diárias recomendadas do ácido all-trans-retinóico os efeitos adversos mais freqüentes consistem de sinais e sintomas da síndrome da hipervitaminose A, que o ácido all-trans-retinóico compartilha com outros retinóides. Pele:secura, eritema, exantema, prurido, sudorese e perda de cabelo. Ulceração genital foi relatada infreqüentemente. Eritema nodoso foi relatado raramente; Membranas mucosas: queilite, secura da boca, nariz, conjuntiva e outras membranas mucosas com ou sem sintomas inflamatórios; Sistema nervoso central:cefaléia, hipertensão intracraniana/pseudotumor cerebral (principalmente em crianças), febre, tremores, tontura, confusão, ansiedade, depressão, parestesias, insônia e mal estar; Sistema neuro-sensorial: distúrbios da visão e audição; Sistema músculo-esquelético: dor óssea e torácica. Miosite foi relatada raramente. Trato gastrintestinal: náusea, vômito, dor abdominal, constipação, diarréia, apetite diminuído e pancreatite; Disfunções metabólicas, hepáticas e renais: elevação de triglicérides, colesterol, transaminases (ALAT, AST') e creatinina séricos. Foram relatados casos ocasionais de hipercalcemia; Sistema respiratório: dispnéia, insuficiência respiratória, derrame pleural e síndrome semelhante à asma; Sistema cardiovascular: arritmias, ruborização e edema. Alguns casos de trombose (venosa e arterial) envolvendo vários locais (por exemplo: acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e infarto renal) foram relatados raramente (vide item Precauções); Hematológico: Trombocitose foi relatada raramente. Basofilia acentuada com ou sem hiper-histaminemia sintomática foi relatada raramente, principalmente em pacientes com uma variação rara de LPA associada com diferenciação basofílica. Outros: Vasculite, predominantemente envolvendo a pele, foi relatada raramente. A decisão de interromper ou continuar o tratamento deve se basear na avaliação do benefício do tratamento em relação à gravidade dos efeitos colaterais. "Síndrome do Ácido Retinóico"em pacientes com leucemia promielocítica aguda: os sinais, sintomas e manifestações dessa síndrome potencialmente fatal, assim como a sua prevenção e tratamento foram descritos acima (vide item Advertências). Teratogenicidade: vide item "Gestação e Lactação". Há informações limitadas sobre a segurança do uso da tretinoína em crianças. Houve alguns relatos de aumento da toxicidade em crianças tratadas com tretinoína, particularmente pseudotumor cerebral aumentado.
Interação com outros medicamentos
Como o ácido all-trans-retinóico é metabolizado pelo sistema P-450 hepático, existe potencial para alteração dos parâmetros farmacocinéticos em pacientes em que houve a administração concomitante de medicamentos que são também indutores ou inibidores desse sistema. Os medicamentos que geralmente induzem as enzimas hepáticas P-450 são a rifampicina, glicocorticóides, fenobarbital e pentobarbital. Os medicamentos que geralmente inibem as enzimas hepáticas P-450 são cetoconazol, cimetidina, eritromicina, verapamil, diltiazem e ciclosporina. Não há dados que sugiram que a administração concomitante desses medicamentos aumente ou diminua a eficácia ou toxicidade do ácido all-trans-retinóico. Não há dados sobre uma possível interação farmacocinética entre o ácido all-trans-retinóico e daunorrubicina e AraC. Agentes anti-fibrinolíticos como o ácido tranexamico, ácido aminocaproico e aprotinina:Casos de complicações trombóticas fatais foram relatados raramente em pacientes tratados concomitantemente com o ácido all-trans-retinóico e agentes anti-fibrinolíticos. Portanto, deve-se ter cautela com a administração do ácido all-trans-retinóico concomitantemente com esses agentes (vide item "Advertências.") Agentes conhecidos por causar hipertensão intracraniana/ pseudotumor cerebral, tais como as tetraciclinas: O ácido all-trans-retinóico pode causar hipertensão intracraniana/ pseudotumor cerebral. Portanto, a administração concomitante destes agentes pode aumentar o risco de ocorrência destas condições (vide item Advertências). Associações medicamentosas contra-indicadas(vide item Contra-indicações). Vitamina A: como outros retinóides, o ácido all-trans-retinóico não deve ser administrado em combinação com a vitamina A, porque os sintomas de hipervitaminose A podem se agravar.
Superdose
Em caso de superdose com ácido all-trans-retinóico, podem aparecer sinais reversíveis de hipervitaminose A (cefaléia, náusea, vômito, alterações nas mucosas e na pele). A dose recomendada em leucemia promielocítica aguda é de um quarto da dose máxima tolerada em pacientes portadores de tumores sólidos e abaixo da dose máxima tolerada em crianças. Não há tratamento específico no caso de superdose. No entanto, é importante que o paciente seja tratado em clínica especializada.
ATENÇÃO: RISCO PARA MULHERES GRÁVIDAS. CAUSA GRAVES DEFEITOS NA FACE, NAS ORELHAS, NO CORAÇÃO E NO SISTEMA NERVOSO DO FETO.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Reg. M.S.: 1.0100.0535.
Informação para o paciente
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, favor informar ao seu médico. 1. AÇÃO DOMEDICAMENTO. VESANOID® contém em sua formulação uma substância derivada da vitamina A, a tretinoína, e deve ser usado somente para o tratamento de leucemia promielocítica aguda. Estudos com a tretinoína demonstraram ação sobre as células sangüíneas, incluindo a linhagem de células leucêmicas mielóides humanas. O medicamento começa a agir logo após sua administração.2. INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO. VESANOID® é indicado para indução da remissão em leucemia promielocítica aguda (LPA; classificação FAB LMA-M3). Pacientes não tratados anteriormente, bem como pacientes que apresentaram recidiva após quimioterapia padrão (antraciclina e citosina arabinosídeo ou tratamentos equivalentes) ou pacientes que são refratários a qualquer quimioterapia podem ser tratados com ácido all-trans-retinóico. A associação de quimioterapia ao ácido all-trans-retinóico aumenta a sobrevida e reduz o risco de recidiva comparada à quimioterapia isolada. O tratamento de manutenção está ainda sendo pesquisado, mas foi relatada a perda da capacidade de resposta ao ácido all-trans-retinóico entre os pacientes mantidos somente com ácido all-trans-retinóico. 3. RISCOS DO MEDICAMENTO. Contra-indicações:VESANOID® é contra-indicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade ao ácido all-trans-retinóico ou a qualquer um dos seus componentes. O ácido all-trans-retinóico é contra-indicado durante a gravidez e amamentação (vide item Gravidez e Amamentação), pois pode causar danos à criança. O uso do ácido all-trans-retinóico em combinação com vitamina A é contra-indicado (vide item Interações medicamentosas). Precauções e Advertências:Durante estudos clínicos foi freqüentemente observado (75%) aumento exagerado dos glóbulos brancos no sangue, algumas vezes associado com a "Síndrome do Ácido Retinóico" (SAR). A SAR foi relatada em muitos pacientes portadores de leucemia promielocítica aguda (até 25% em alguns estudos clínicos) tratados com o ácido all-trans-retinóico. Essa síndrome é caracterizada por febre, dificuldade para respirar, desconforto respiratório agudo, hipotensão, derrame pleural e do pericárdio (tecido que envolve o coração), inchaço, aumento do peso, insuficiência hepática, insuficiência renal e falência de múltiplos órgãos. Essa síndrome é freqüentemente associada ao aumento exagerado dos glóbulos brancos no sangue e pode ser fatal. Para os pacientes que têm aumento exagerado dos glóbulos brancos quando recebem ácido all-trans-retinóico isoladamente, a SAR pode ser prevenida, baseando-se na contagem de leucócitos, pela adição de quimioterapia com antraciclinas, em doses plenas, ao regime com ácido all-trans-retinóico. Se você apresentar essa síndrome seu médico saberá qual é a recomendação atual nesses casos. O tratamento poderá incluir a combinação de VESANOID® com outros medicamentos em diversos esquemas de doses e com duração de tratamento variável. Em caso de dúvida converse com o seu médico. Em caso de Síndrome do Ácido Retinóico moderada e severa, a interrupção temporária do tratamento com ácido all-trans-retinóico poderá ser considerada. Há risco de trombose (venosa e arterial) que pode envolver qualquer sistema corpóreo, durante o primeiro mês de tratamento. O ácido all-trans-retinóico só deve ser utilizado em pacientes portadores de leucemia promielocítica aguda (LPA) sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento de doenças do sangue/câncer. Durante o tratamento com VESANOID® seu médico estará atento em relação a alguns problemas que poderão ocorrer, como por exemplo sangramentos e infecções, e adotará as condutas recomendadas nesses casos. Você deverá fazer alguns exames de laboratório, incluindo, exame completo de sangue, provas de coagulação, testes da função hepática, níveis de triglicérides e colesterol. Preparações com baixa dosagem de progesterona ("mini-pílulas") podem ser um método inadequado para evitar a gravidez durante o tratamento com ácido all-trans-retinóico. Principais interações medicamentosas:Assim como ocorre para muitos medicamentos, existe a possibilidade do ácido all-trans-retinóico sofrer a interferência ou interferir na ação de outros medicamentos. Seu médico saberá reconhecer situações em que isso pode ser importante, como por exemplo: Com medicamentos que interferem na coagulação do sangue (agentes antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico, ácido aminocapróico e aprotinina). Casos de complicações trombóticas fatais foram relatadas raramente, em pacientes tratados concomitantemente com o ácido all-trans-retinóico e agentes anti-fibrinolíticos. Com medicamentos que também podem causar aumento da pressão dentro da cabeça/ pseudotumor cerebral como as tetraciclinas. Com a Vitamina A, porque os sintomas de hipervitaminose A poderiam se agravar. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.Gravidez e amamentação:VESANOID® é teratogênico, isto é, pode ocasionar graves defeitos físicos ao feto quando ocorrer gravidez durante o seu uso ou mesmo até um mês após sua interrupção. Por este motivo, VESANOID® não deve ser tomado por mulheres grávidas ou que possam engravidar durante o tratamento. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou no mês seguinte após o término do tratamento. VESANOID® pode passar para o leite materno e por este motivo, mulheres que estão amamentando devem suspender o aleitamento no início do tratamento com. Mulheres que estejam amamentando devem informar ao médico essa condição antes de iniciar o tratamento. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas. Não há contra-indicação relativa às faixas etárias. Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 4. MODO DE USO. VESANOID® é cápsula oval e possui coloração laranja e marrom. O conteúdo interno da cápsula possui coloração amarela a amarela-esverdeada. A dose de VESANOID® deve ser calculada por seu médico. Habitualmente a dose recomendada é de aproximadamente 8 cápsulas diárias para um adulto. A dose para crianças é variável, dependendo do peso e altura, e de eventuais efeitos colaterais que possam aparecer. A redução da dose deve ser particularmente considerada para crianças com cefaléia intratável e para pessoas com insuficiência hepática e/ou renal. O tratamento deve ser continuado por 30 a 90 dias até que se obtenha remissão completa. Após remissão completa, um esquema de quimioterapia de consolidação incluindo antraciclina e citosina arabinosídeo deve ser iniciado imediatamente; por exemplo, três cursos em intervalos de 5 a 6 semanas. Se houve remissão com VESANOID® isolado, não é necessário modificar as doses da tretinoína se ela for utilizada com quimioterapia. Recomenda-se que VESANOID® seja administrado com uma refeição ou pouco depois dela, porque os alimentos melhoram a absorção do medicamento. Em caso de esquecimento, as cápsulas de VESANOID® devem ser tomadas com uma refeição, assim que você se lembrar. Em caso de dúvida, consulte o seu médico. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Este medicamento não pode ser partido ou mastigado. 5. REAÇÕES ADVERSAS. VESANOID® ocasiona, em geral, vários efeitos colaterais, que exigem acompanhamento médico permanente. Se você apresentar ao mesmo tempo, febre, dificuldade para respirar, desconforto respiratório agudo, queda de pressão, sensação de opressão no peito e inchaço você poderá estar apresentando uma condição chamada "Síndrome do ácido retinóico", que requer cuidados médicos imediatos, e se não for convenientemente tratada, pode ser fatal para o paciente (vide item Precauções e Advertências). Os efeitos indesejáveis de maior ocorrência consistem em: secura da boca, pele seca, rachaduras na pele, inchaço, náuseas, vômitos, dor nos ossos, dor de cabeça, dor abdominal, diarréia, prisão de ventre, desconforto estomacal, tosse, congestão nasal, falta de ar, respiração ofegante, tontura, estados de confusão mental, ansiedade, depressão, distúrbios da visão e da audição, febre, calafrios, alterações do peso corpóreo, dor nas costas, dor no peito, distúrbios de sangramento, pneumonia, infecção, infecção generalizada e fraqueza. 6. CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE. Em caso de superdose com ácido all-trans-retinóico, podem aparecer sinais reversíveis de hipervitaminose A (dor de cabeça, náusea, vômito, alterações nas mucosas e na pele). A dose recomendada em leucemia promielocítica aguda é de um quarto da dose máxima tolerada em pacientes portadores de tumores sólidos e abaixo da dose máxima tolerada em crianças. Não há tratamento específico no caso de uma superdose. No entanto, é importante que o paciente seja tratado em uma clínica especializada. 7. CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO. Conservar o frasco bem fechado. Conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C) e proteger da luz. Este medicamento não deverá ser usado após sua data limite de validade indicada na embalagem. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Informação técnica
1. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS. O ácido all-trans-retinóico é um metabólito natural do retinol e pertence à classe dos retinóides, que compreende análogos naturais e sintéticos. Estudos com o ácido all-trans-retinóico in vitrodemonstraram indução de diferenciação e inibição de proliferação celular em linhagens de células hematopoiéticas transformadas, incluindo as linhagens de células leucêmicas mielóides humanas. O mecanismo de ação na leucemia promielocítica aguda (LPA) não é conhecido podendo ser devido a uma alteração na ligação do ácido all-trans-retinóico a um receptor de ácido retinóico (RAR) no núcleo celular, uma vez que o receptor do ácido retinóico é alterado pela fusão com a proteína chamada LPM. Farmacocinética: O ácido all-trans-retinóico é um metabólito endógeno da vitamina A e normalmente encontra-se presente no plasma. Doses orais do ácido all-trans-retinóico são bem absorvidas e concentrações plasmáticas máximas em voluntários saudáveis, são obtidas após 3 horas. Existe uma ampla variação em cada indivíduo e de paciente para paciente, na absorção do ácido all-trans-retinóico. No plasma, o ácido all-trans-retinóico liga-se extensamente às proteínas plasmáticas. Após atingir o pico, as concentrações plasmáticas decrescem com uma meia-vida de eliminação média de 0,7 horas. Após dose única de 40 mg, as concentrações plasmáticas retornam aos níveis endógenos em cerca de 7 a 12 horas. Não se observou acúmulo após doses múltiplas e o ácido all-trans-retinóico não é retido nos tecidos. A excreção renal de metabólitos formados por oxidação e glucuronização, é a principal via de eliminação (60%). O ácido all-trans-retinóico é isomerizado para ácido 13-cis-retinóico e oxidado para metabólitos 4-oxo. Estes metabólitos apresentam meia-vida mais longa do que a do ácido all-trans-retinóico e pode ocorrer algum acumulo. Durante o tratamento contínuo pode ocorrer uma acentuada diminuição na concentração plasmática, possivelmente devida à indução enzimática do citocromo P-450 que aumenta a depuração e diminui a biodisponibilidade após doses orais. Até o momento, não há dados de interação entre o ácido all-trans-retinóico e a daunorrubicina. Farmacocinética em situações clínicas especiais: A necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal ou hepática não foi pesquisada. Como medida de precaução, a dose será diminuída para 25 mg/m2/dia (vide item Posologia). 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA. A análise conjunta de três estudos clínicos mostrou que o número de pacientes que atingiram remissão completa após tratamento com VESANOID® nas doses recomendadas de 45mg/m2/dia na maioria dos casos [25 mg/m2/dia em alguns casos], isoladamente ou em combinação com quimioterapia, tanto para pacientes tratados pela primeira vez quanto para pacientes que apresentavam recidiva da doença após quimioterapia prévia, variou entre 62% e 90%. Estes índices foram considerados dentro da faixa esperada após quimioterapia, relatada como sendo da ordem de 60% a 80%, e são compatíveis com outras informações da literatura. Além disso, a literatura refere que a duração da remissão completa com o tratamento combinado, pode variar entre 6 e 24 meses. Bibliografia:1. Fenaux P., Castaigne S, Dombrei H., et al. All-trans retinoic acid followed by intensive chemotherapy gives a high complete remission rate and may prolong remission in newly diagnosed acute promyelocytic leukemia: a pilot study on 26 cases. Blood 80:2176-2181,1992. 2. Fenaux P. and Degos L. Treatment of acute promyelocytic leukemia with all-trans retinoic acid. Leukemia Res. 15:655-657, 1991. 3. Warrell RP. Frankel SR., Miller WH., et al. All-trans retinoic acid for remission induction of acute promyelocytic leukemia (APL). Results of The New York Study. Abstract from the American Cancer Society of Hematology, pp1430, 1992. 4. Wiley JS. and Firkin FC. A phase I study of all-trans retinoic acid (ATRA) for remission induction of poor risk acute promyelocytic leukemia (APL). Abstract from the American Cancer Society of Hematology, Proceedings 1992, pp 436a. 5. Ohno R. et al. All-trans retinoic acid (ATRA) as a differentiation therapy for refractory acute promyelocytic leukemia (APL). Proc Am Assoc Cancer Res 33:234, 1992. 6. Zhang F, Wu L., Li X., et al. Comparison of clinical observations between patients with acute promyelocytic leukemia treated with all-transretinoic acid and chemotherapy. J Shanghai Second Med Univ. 6:83-87, 1992. 7. Mulvey K., Dahut W., Frane J and Phares J. All-trans retinoic acid is effective induction therapy in de novo chemo-resistant acute promyelocytic leukemia. Abstract from the American Society of Hematology. Proc. 1992. pp108a, 1992. 8. Degos L. All-trans retinoic acid (Ro 01-5488) / Acute Promyelocytic Leukemia. Expert Research Report n° B-159'764 - Dated 28 May 93. Data on file F.Hoffman La Roche Ltd. - Basiléia - Suíça. 9. Fenaux P., Robert M-C., Castaigne S., et al. A multicenter, randomized trial evaluating the effects of all-trans retinoic acid in newly-diagnosed acute promyelocytic leukemia. Data on file F.Hoffman La Roche Ltd. - Basiléia - Suíça.
Farmacocinética
1. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS. O ácido all-trans-retinóico é um metabólito natural do retinol e pertence à classe dos retinóides, que compreende análogos naturais e sintéticos. Estudos com o ácido all-trans-retinóico in vitrodemonstraram indução de diferenciação e inibição de proliferação celular em linhagens de células hematopoiéticas transformadas, incluindo as linhagens de células leucêmicas mielóides humanas. O mecanismo de ação na leucemia promielocítica aguda (LPA) não é conhecido podendo ser devido a uma alteração na ligação do ácido all-trans-retinóico a um receptor de ácido retinóico (RAR) no núcleo celular, uma vez que o receptor do ácido retinóico é alterado pela fusão com a proteína chamada LPM. Farmacocinética: O ácido all-trans-retinóico é um metabólito endógeno da vitamina A e normalmente encontra-se presente no plasma. Doses orais do ácido all-trans-retinóico são bem absorvidas e concentrações plasmáticas máximas em voluntários saudáveis, são obtidas após 3 horas. Existe uma ampla variação em cada indivíduo e de paciente para paciente, na absorção do ácido all-trans-retinóico. No plasma, o ácido all-trans-retinóico liga-se extensamente às proteínas plasmáticas. Após atingir o pico, as concentrações plasmáticas decrescem com uma meia-vida de eliminação média de 0,7 horas. Após dose única de 40 mg, as concentrações plasmáticas retornam aos níveis endógenos em cerca de 7 a 12 horas. Não se observou acúmulo após doses múltiplas e o ácido all-trans-retinóico não é retido nos tecidos. A excreção renal de metabólitos formados por oxidação e glucuronização, é a principal via de eliminação (60%). O ácido all-trans-retinóico é isomerizado para ácido 13-cis-retinóico e oxidado para metabólitos 4-oxo. Estes metabólitos apresentam meia-vida mais longa do que a do ácido all-trans-retinóico e pode ocorrer algum acumulo. Durante o tratamento contínuo pode ocorrer uma acentuada diminuição na concentração plasmática, possivelmente devida à indução enzimática do citocromo P-450 que aumenta a depuração e diminui a biodisponibilidade após doses orais. Até o momento, não há dados de interação entre o ácido all-trans-retinóico e a daunorrubicina. Farmacocinética em situações clínicas especiais: A necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal ou hepática não foi pesquisada. Como medida de precaução, a dose será diminuída para 25 mg/m2/dia (vide item Posologia). 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA. A análise conjunta de três estudos clínicos mostrou que o número de pacientes que atingiram remissão completa após tratamento com VESANOID® nas doses recomendadas de 45mg/m2/dia na maioria dos casos [25 mg/m2/dia em alguns casos], isoladamente ou em combinação com quimioterapia, tanto para pacientes tratados pela primeira vez quanto para pacientes que apresentavam recidiva da doença após quimioterapia prévia, variou entre 62% e 90%. Estes índices foram considerados dentro da faixa esperada após quimioterapia, relatada como sendo da ordem de 60% a 80%, e são compatíveis com outras informações da literatura. Além disso, a literatura refere que a duração da remissão completa com o tratamento combinado, pode variar entre 6 e 24 meses. Bibliografia:1. Fenaux P., Castaigne S, Dombrei H., et al. All-trans retinoic acid followed by intensive chemotherapy gives a high complete remission rate and may prolong remission in newly diagnosed acute promyelocytic leukemia: a pilot study on 26 cases. Blood 80:2176-2181,1992. 2. Fenaux P. and Degos L. Treatment of acute promyelocytic leukemia with all-trans retinoic acid. Leukemia Res. 15:655-657, 1991. 3. Warrell RP. Frankel SR., Miller WH., et al. All-trans retinoic acid for remission induction of acute promyelocytic leukemia (APL). Results of The New York Study. Abstract from the American Cancer Society of Hematology, pp1430, 1992. 4. Wiley JS. and Firkin FC. A phase I study of all-trans retinoic acid (ATRA) for remission induction of poor risk acute promyelocytic leukemia (APL). Abstract from the American Cancer Society of Hematology, Proceedings 1992, pp 436a. 5. Ohno R. et al. All-trans retinoic acid (ATRA) as a differentiation therapy for refractory acute promyelocytic leukemia (APL). Proc Am Assoc Cancer Res 33:234, 1992. 6. Zhang F, Wu L., Li X., et al. Comparison of clinical observations between patients with acute promyelocytic leukemia treated with all-transretinoic acid and chemotherapy. J Shanghai Second Med Univ. 6:83-87, 1992. 7. Mulvey K., Dahut W., Frane J and Phares J. All-trans retinoic acid is effective induction therapy in de novo chemo-resistant acute promyelocytic leukemia. Abstract from the American Society of Hematology. Proc. 1992. pp108a, 1992. 8. Degos L. All-trans retinoic acid (Ro 01-5488) / Acute Promyelocytic Leukemia. Expert Research Report n° B-159'764 - Dated 28 May 93. Data on file F.Hoffman La Roche Ltd. - Basiléia - Suíça. 9. Fenaux P., Robert M-C., Castaigne S., et al. A multicenter, randomized trial evaluating the effects of all-trans retinoic acid in newly-diagnosed acute promyelocytic leukemia. Data on file F.Hoffman La Roche Ltd. - Basiléia - Suíça.
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