FLUORURACILA

1320 | Laboratório EUROFARMA

Descrição

Princípio ativo: Fluoruracila,
Ação Terapêutica: Antimetabólitos

Composição

Cada 1 mL da solução contém: fluoruracila 25 mg, excipientes q.s.p. 1 mL. Excipientes: cloreto de sódio e água para injeção.

Apresentação

Solução injetável 25 mg/mL. Embalagem contendo 50 frascos-ampola com 10 mL.
USO ADULTO
Uso intravenoso
Solução injetável

Indicações

Tratamento paliativo de tumores malignos, especialmente reto, cólon e mama, e também estômago, pâncreas, fígado (tumores primários), útero (especialmente cérvix), ovário e bexiga. Fluoruracila não substitui cirurgia ou outras formas reconhecidas de tratamento e deve ser utilizado apenas quando estas medidas não forem possíveis ou tenham sido tentadas e fracassadas.

Dosagem

Posologia
1. A dose usualmente empregada é a de 12 mg/kg de peso corporal, até um máximo de 800 mg por dia, durante 3 a 4 dias. Se não ocorrer toxicidade, a dose de 6 mg/kg de peso é administrada por 4 dias alternados. A dose de manutenção geralmente varia entre 5 e 15 mg/kg de peso, administradas semanalmente. Caso seja utilizada a infusão, deve-se diluir o medicamento em 300 a 500 mL de soro glicosado a 5%.
2. Estas doses são genéricas e deve-se lembrar que a dose pode variar de paciente para paciente.
3. Cuidados devem ser tomados na aplicação, para evitar extravasamento.
4. Pacientes em estado nutricional deficiente devem iniciar o tratamento utilizando uma dose de 6 mg/kg de peso durante os 3 primeiros dias; se não ocorrer toxicidade pode-se utilizar, durante 3 dias alternados, 3 mg/kg de peso. A dose diária, nestes casos, não deve exceder 400 mg.
5. Se ocorrer desenvolvimento de sinais tóxicos, o tratamento deverá ser suspenso (vide: "Precauções e Advertências"), e uma revisão da terapêutica deverá ser efetuada.
6. Manutenção. Pode-se seguir os seguintes esquemas:
-Repetir a dose inicial a cada 30 dias contados a partir do último dia do tratamento anterior.
-Quando ocorrerem sintomas tóxicos resultantes da terapia inicial, a dose de manutenção deverá ser de 10 a 15 mg/Kg/semana, não devendo exceder 1g/semana.
Administração
A administração de fluoruracila é exclusivamente intravenosa, podendo ser aplicada por injeção ou infusão. Na administração parenteral e dose diária total não deve exceder 1 g. Fluoruracila é um antineoplásico e para o seu manuseio devem ser tomadas as seguintes precauções:
1. Somente deve ser manuseado por pessoal treinado e em local apropriado. Mulheres grávidas não devem manusear o produto.
2. É recomendado o uso de luvas, máscaras, roupas apropriadas e óculos de proteção.
3. Se a solução de fluoruracila entrar em contato com a pele, lavar a região com água e sabão, sem esfregar, imediata e completamente. Se houver o contato com membranas mucosas, deve-se enxaguar as mesmas com água ou soro fisiológico.
4.Todo material descartável, utilizado ou não, que tiver entrado em contato com o produto deve ser descartado/incinerado apropriadamente.
5. fluoruracila pode ser usada em combinação com outros antineoplásicos.
Obs.: As pessoas que preparam e administram os antineoplásicos estão sujeitas a alguns riscos em função do potencial mutagênico, carcinogênico e teratogênico da droga, portanto devem ser tomadas medidas adequadas de segurança a fim de minimizar estes riscos. Quando ocorrerem sintomas tóxicos resultantes da terapia inicial, a dose de manutenção deverá ser de 10 - 15 mg/kg/semana, não devendo exceder 1 g/semana.
Primeiros socorros
Contato com os olhos: lave imediatamente com água e entre em contato com um médico.
Cuidado com a pele: lave com água e sabão e remova toda a roupa contaminada.
Inalação e/ou ingestão: procure um médico imediatamente.

Contra-indicações

- Hipersensibilidade a fluoruracila e/ou qualquer outro componente da formulação
- Insuficiência hepática ou renal graves;
- Casos de depressão de medula óssea;
- Pacientes apresentando estado nutricional deficiente;
- Pacientes com problemas hematológicos comprovados e graves;
- Durante o primeiro trimestre de gravidez.
- Pacientes com quadro grave de infecções.
- Pacientes submetidos a grandes cirurgias.

Reações Adversas

Muitos efeitos colaterais da terapêutica antineoplásica são inevitáveis, representam a ação farmacológica da medicação e facilitam a titulação individual das doses.
As reações adversas associadas com o uso prolongado da cateterização arterial incluem: isquemia arterial, trombose, hemorragia no local do cateter, obstrução do cateter, embolia, fibrimiosite, infecção no local do cateter, abcesso e tromboflebite.
As seguintes reações adversas foram agrupadas com base no significado clínico.
Leucopenia é o efeito tóxico mais comum. A leucopenia pode não ser significante até que ocorra uma estomatite. A queda na taxa de leucócitos é maior entre o 9° e o 20° dia, retornando ao normal por volta do 30° dia. Trombocitopenia é geralmente máxima em 7 a 17 dias após a primeira dose.
Sistema hematológico: pancitopenia, agranulocitose e anemia.
Náuseas, vômitos, anorexia, pigmentação, alopecia, queda de unhas, estomatites, diarréia, ulceração gastrintestinal, ataxia, febre, epistaxe e outros sangramentos ou hemorragias, também podem ocorrer. A dermatite mais frequente é a erupção máculo-papular pruriginosa que aparece usualmente nas extremidades e menos frequentemente no tronco; geralmente é reversível e responde a tratamento sintomático.
Outras reações adversas que foram observadas são:
Sistema cardiovascular: isquemia do miocárdio e angina.
Sistema gastrintestinal: úlcera gastrintestinal e hemorragias digestivas, possível esclerose intra e extra-hepática e colecistite.
Sistema nervoso central: síndrome cerebelar aguda (que pode persistir após a descontinuação do tratamento), nistagmo, cefaléia, letargia, fraqueza e indisposição.
Distúrbios psiquiátricos: desorientação, confusão e euforia.
Complicações regionais da infusão arterial: aneurisma arterial, isquemia arterial, trombose arterial, hemorragia no local do cateter, obstrução do cateter, extravasamento de líquidos e deslocamento do cateter.
Os efeitos tóxicos podem ser graves e algumas vezes fatais. A redução na velocidade de injeção para uma infusão lenta por 2 a 8 horas pode reduzir a toxicidade, porém esta pode ser menos eficaz que a injeção rápida do medicamento.
Reações de hipersensibilidade: reações alérgicas e reação anafilática.
Reações cutâneas: pele seca, fissuras, fotossensibilidade que se manifesta por eritema ou aumento da pigmentação da pele, pigmentação venosa, síndrome da eritroestesia palmar-plantar, que se manifesta por formigamento das mãos e pés seguido de dor, eritema e edema.
Reações oculares: fotofobia, lacrimejamento, diminuição da visão, nistagmo, diplopia, estenose do canal lacrimal e alterações visuais.

Precauções

- Fluoruracila é um irritante e o contato com pele e membranas mucosas devem ser evitados.
- A fluoruracila é um fármaco de alta toxicidade, com uma pequena margem de segurança. Durante o tratamento, acompanhamento laboratorial deve ser feito, relativo à contagens de células da série branca do sangue. Estas contagens devem ser feitas diariamente durante o tratamento, e este deve ser imediatamente interrompido se as contagens de leucócitos atingirem um nível abaixo de 3500 células/mm3, ou se a contagem plaquetária atingir um nível abaixo de 100.000 Células/mm3.
- O tratamento com fluoruracila também deve ser interrompido se ocorrer algum dos seguintes sintomas: estomatite ou esofaringite (ao primeiro sinal), vômito constante, diarréias persistentes, ulcerações e/ou hemorragias gastrintestinais ou hemorragias em outros locais.
- Pacientes portadores de afecções hepáticas e/ou renais de leve a moderada intensidade devem receber um acompanhamento mais cauteloso.
- Já foram relatadas interferências provocadas pelo emprego da fluoruracila sobre os testes laboratoriais de tiroxinas totais e triiodotironinas totais; esta possibilidade deve, portanto, ser considerada.
- A administração da droga foi associada à ocorrência da síndrome de eritrodisestesia palmar-plantar, também conhecida como síndrome mão-pé, que melhora após a interrupção do tratamento, dentro de 5-7 dias.
- Pode ocorrer vasoespasmo coronariano com episódios de angina em pacientes tratados com fluoruracila, iniciando-se desde alguns minutos até 7 dias (em geral 6 horas) após o início da administração da terceira dose (variação de 1 a 13 doses). Os pacientes com doença coronariana preexistente podem apresentar risco aumentado de angina durante o tratamento com fluoruracila. A administração de nitratos ou morfina parece ser eficaz na melhora da dor. O pré-tratamento com bloqueadores dos canais de cálcio também pode ser eficiente.
- Os efeitos depressores da fluoruracila sobre a medula óssea podem resultar em aumento da incidência de infecções, retardo na cicatrização e sangramento gengival.
- Mesmo após seleção meticulosa dos pacientes e ajuste cuidadoso das doses, podem ocorrer reações adversas graves e até óbito do paciente após tratamento com fluoruracila. Embora a toxicidade grave seja mais provável em pacientes de maior risco, foram observadas, ocasionalmente, fatalidades em pacientes em condições relativamente boas.
Os agentes antineoplásicos devem apenas ser utilizados em casos onde o benefício apresentado compense o risco envolvido, pois imunossupressão e depressão da medula óssea são consequências do emprego da maioria destes agentes. Caso alguma infecção apareça, o emprego destes agentes deve ser suspenso. Há também indícios que a imunossupressão prolongada pode vir a estimular o desenvolvimento de neoplasias; assim, o paciente submetido a terapia antineoplásica com imunossupressores deve ser sempre acompanhado, seja clínica ou laboratorialmente, e a administração de tais fármacos apenas deve ser feita sob a responsabilidade e o acompanhamento de médicos oncologistas habituados à terapia com estes compostos.
O paciente deve ser sempre advertido dos riscos envolvendo a terapia com estes produtos, devendo ser usado com extrema precaução nos seguintes casos:
-Herpes zoster (há risco de induzir a doença generalizada);
-Insuficiência hepática (reduz a biotransformação, sendo recomendado neste caso, pequenas doses);
-Insuficiência renal (reduz a excreção, sendo recomendadas, pequenas doses);
-Infiltração de células tumorais na medula;
-Extrema atenção deve ser tomada em pacientes que receberam previamente terapia citostática com agentes alquilantes ou altas doses de radiação.
-Mutagenicidade / carcinogenicidade
Níveis elevados de fluoruracila produzem conversões oncogênicas em células embrionárias cultivadas de ratos e foram observados efeitos positivos no teste micronuclear em células da medula óssea de camundongos, e quebra cromossômica em fibroblastos de hamsters invitro. A fluoruracila também se mostrou mutagênica nas cepas de salmonella thyphimuriumta 1533, ta 1537 e ta 1538, e, de saccharomyces cerevisae.
Não foram realizados estudos de longo prazo em animais para determinar o potencial carcinogênico da fluoruracila. No entanto, não foram observados efeitos carcinogênicos em estudos em animais com duração de até 1 ano após administração oral ou intravenosa. Da fluoruracila. Não é conhecido o risco carcinogênico em humanos.
-Teratogenicidade
A fluoruracila pode causar danos fetais quando administrada em gestantes. Foi demonstrado que a droga é teratogênica para animais de laboratório. As doses que se mostraram teratogênicas em animais são cerca de 1-3 vezes maiores que a dose terapêutica máxima recomendada em humanos. As malformações fetais observadas incluíram: fenda palatina, defeitos no esqueleto, deformidades nos apêndices, patas e cauda.
-Efeitos sobre o desenvolvimento peri e pós-natal
Não foram realizados estudos com a fluoruracila para avaliar os efeitos peri e pós-natais da droga. No entanto, a fluoruracila atravessa a placenta e penetra na circulação fetal em ratos. A administração da fluoruracila resultou em reabsorção e morte fetal em ratos. Em macacos, as doses maternas acima de 40 mg/kg resultaram em abortos de todos os embriões expostos a fluoruracila.
-Efeitos sobre a fertilidade e reprodução
Supressão gonadal, resultando em amenorréia ou azoospermia podem ocorrer em pacientes que recebem terapêutica antineoplásica, especialmente com agentes alquilantes. Geralmente estes efeitos parecem estar relacionados com as doses e duração da terapêutica e podem ser irreversíveis. O prognóstico do grau de insuficiência da função testicular ou ovariana é dificultado pelo uso comum de combinações de vários antineoplásicos, o que torna difícil determinar os efeitos dos agentes individualmente. Fluoruracila produz toxicidade reversível das células germinativas.
-Efeitos sobre a dentição
Os efeitos depressores da fluoruracila sobre a medula óssea podem resultar no aumento da incidência de infecções microbianas, demora na cicatrização e hemorragia gengival.
Sempre que possível o tratamento dentário deve ser completado anteriormente ao início da terapêutica ou ser postergado até que o hemograma retorne aos valores normais.
Deve-se orientar o paciente para uma adequada higiene oral durante o tratamento com fluoruracila, a droga também pode produzir estomatite ulcerativa que pode estar associada com mal estar.
-Uso durante a gravidez
Não há estudos adequados utilizando a fluoruracila em gestantes e a droga apenas deve ser utilizada durante a gravidez em situações de risco de vida ou doenças graves para as quais drogas mais seguras não podem ser utilizadas ou são ineficazes. Mulheres em idade fértil com potencial para engravidar, não devem iniciar o tratamento com fluoruracila antes de afastar a possibilidade de gravidez, e devem ser advertidas para os riscos graves para o feto no caso de engravidarem durante o tratamento.
Primeiro trimestre - é recomendado que o uso de antineoplásico, especialmente o uso combinado, seja evitado no primeiro trimestre de gravidez. Embora as informações sejam limitadas, os potenciais mutagênico, teratogênico e carcinogênico devem ser considerados.
O uso de contraceptivos é recomendado durante a terapia com drogas citotóxicas.
-Uso durante a lactação
Não se sabe se a fluoruracila é excretada no leite humano. Considerando que a fluoruracila inibe a síntese de proteínas, do dna e do rna, a amamentação deve ser evitada durante o tratamento, devido aos riscos para as crianças (vide "efeitos adversos, mutagênese e carcinogênese").
-Uso em pediatria
Não foram realizados estudos relacionados aos efeitos da fluoruracila na população pediátrica, e deste modo a segurança e eficácia deste uso não está estabelecida.
-Uso em pacientes idosos
Não foram realizados estudos específicos dos efeitos da fluoruracila na população geriátrica, no entanto, pacientes idosos possuem maior probabilidade de apresentar disfunções renais relacionadas com a idade, necessitando, neste caso, reduzir a dose.

Interação com outros medicamentos

Metotrexato: os estudos experimentais indicam que o metotrexato, quando administrado conjuntamente com a fluoruracila, inibe o efeito antitumoral da fluoruracila. Esta interação, entretanto, não ocorre quando do emprego dos dois fármacos em esquema sequencial.
Administração concomitante de compostos que causem sobrecarga hepática ou renal não deve ser efetuada, assim como administração conjunta com substâncias que induzam hemorragias ou aumento do tempo de coagulação (analgésicos, anticoagulantes e outros).
Folinato de cálcio: o folinato de cálcio pode aumentar a toxicidade da fluoruracila. O uso concomitante de fluoruracila com folinato de cálcio pode resultar em aumento dos efeitos terapêuticos e por isso as duas drogas podem ser usadas concomitantemente com vantagens terapêuticas, sendo, neste caso, necessário o ajuste das doses.
Vacinas de vírus mortos: considerando que o mecanismo de defesa normal pode ser suprimido pela fluoruracila, a resposta de anticorpos do paciente à vacina pode ser diminuída. O intervalo entre a descontinuação do tratamento que causa imunossupressão e recuperação da capacidade de resposta do paciente à vacina depende da intensidade e do tipo de medicamento imunossupressor utilizado, da doença de base e de outros fatores. As estimativas variam de 3 meses a 1 ano.
Vacinas de vírus vivos: considerando que o mecanismo de defesa normal pode ser suprimido pela fluoruracila, o uso concomitante com vacinas de vírus vivos pode potencializar a replicação do vírus da vacina, pode aumentar os eventos adversos da vacina e/ou pode diminuir a resposta de anticorpos do paciente à vacina. A imunização desses pacientes deve ser considerada apenas com extrema cautela, após cuidadosa revisão das condições hematológicas do paciente e apenas com o conhecimento e consentimento do médico que está controlando a administração da fluoruracila. O intervalo entre a descontinuação do tratamento que causa imunossupressão e a recuperação da capacidade do paciente em responder à vacina depende da intensidade e do tipo do medicamento imunossupressor utilizado, da doença de base e de outros fatores. As estimativas variam entre 3 meses e 1 ano.
Pacientes com leucemia em remissão não devem receber vacinas de vírus vivos até pelo menos 3 meses após a última quimioterapia. Além disso, a imunização com a vacina antipoliomielite oral deve ser adiada em pessoas em contato próximo com o paciente, especialmente residentes no mesmo domicílio.
Interferência sobre exames laboratoriais: pode ocorrer aumento da fosfatase alcalina, transaminases, bilirrubinas e desidrogenase lática. Pode ainda aumentar a excreção urinária do ácido 5-hidrosi-indol acético. A albumina plasmática pode estar diminuída porque a fluoruracila induz à má absorção protéica.
Dosagens de bilirrubina (índices ictéricos) e de ácido 5-hidroxiindol acético na urina podem se mostrar aumentadas ou falso-positivas.

Cuidado de armazenamento

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C a 30°C). Proteger da luz. Se um precipitado se formar devido ao armazenamento a baixas temperaturas, convém aquecer cuidadosamente as ampolas até 60°C, agitando-as em seguida.
Prazo de validade
Desde que observados os devidos cuidados de conservação, o prazo de validade de fluoruracila é de 24 meses, contados a partir da data de fabricação impressa em sua embalagem externa.
NÃO USE MEDICAMENTOS COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
IMPORTANTE: A FLUORURACILA SÓ PODE SER UTILIZADA SOB ORIENTAÇÃO DE ESPECIALISTA COM LARGA EXPERIÊNCIA EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA.

Superdose

A possibilidade de superdose com fluoruracila é incomum, em virtude do modo de administração. Não obstante, as manifestações previstas poderiam ser náusea, vômito, diarréia, ulceração e sangramento gastrintestinal, depressão da medula óssea (incluindo trombocitopenia, leucopenia e agranulocitose). Não existe nenhuma terapia com antídoto específico. Pacientes que foram expostos a superdose de fluoruracila devem ser monitorados hematologicamente por pelo menos 4 semanas. Se aparecerem anormalidades, deve-se instituir o tratamento apropriado.

Informação técnica

Características
Modo de Ação
Fluoruracila inibe a divisão celular através do bloqueio de síntese do DNA (inibição enzimática) e pela formação de um RNA estruturalmente defeituoso (incorporação fluoruracila).
Um evidente efeito inibitório no crescimento de vários tumores transplantados foi observado em animais. Na prática clínica, remissões temporárias e parciais associadas a uma melhora subjetiva e alívio da dor, podem ser alcançadas em certos tipos de tumores.
Farmacodinâmica
Fluoruracila é um medicamento antineoplásico, análogo da pirimidina, que age como antimetabólico à uracila. A ação destes compostos é devida a seus produtos de anabolismo, produtos estes que provocam interferência na síntese de DNA bloqueando a conversão do ácido deoxiuridílico em ácido timidílico pela enzima timidilato sintetase.
O mecanismo de ação exato de fluoruracila não está bem determinado, mas acredita-se que a substância age como antimetabólico através de pelo menos três vias diferentes.
As ações bioquímicas que podem explicar a citotoxicidade do composto são as seguintes: A fluoruracila é convertida à sua correspondente ribosefosfato (5-FUTP), que por sua vez é incorporada ao RNA, inibindo o processamento e a função deste último; um segundo metabólito, o 5-FdUMP, liga-se à timidilato sintetase, inibindo a formação eventual de dTTP, um dos quatro precursores necessários para a síntese do DNA. Assim, o composto interfere com a síntese dos dois ácidos nucléicos, o que explica a sua citotoxicidade. Em terceiro lugar, a fluoruracila inibe a utilização da uracila preformada na síntese do RNA bloqueando a uracila fosfatase. A degradação catabólica do composto ocorre em células normais, porém não em células cancerosas, explicando assim a sua ação antineoplásica.
Foi demonstrado que fluoruracila administrada por via parenteral, inibe o crescimento de tumores em humanos e estes efeitos terapêuticos são maiores sobre as células da medula óssea, mucosa intestinal e determinados tumores de mama, reto e cólon.
Farmacocinética
A absorção da fluoruracila a partir do trato gastrintestinal é imprevisível e incompleta, pois ocorre degradação metabólica, principalmente a nível hepático, assim, seu emprego se dá exclusivamente por via parenteral.
Após administração intravenosa, a fluoruracila é dispersa rapidamente a partir do plasma e distribuída através dos tumores, mucosa intestinal, medula óssea, fígado e outros tecidos. Apesar da lipossolubilidade limitada, a substância atravessa rapidamente a barreira hemoliquórica e se distribui para os tecidos cerebrais e líquor. Os estudos de distribuição em animais e em humanos mostraram que as maiores concentrações da droga ou de seus metabólitos são encontradas nos tumores do que nos tecidos adjacentes ou nos correspondentes tecidos normais. Demonstrou-se também que existe maior permanência da fluoruracila em alguns tumores do que nos tecidos normais do hospedeiro, talvez devido ao catabolismo alterado da uracila. A fluoruracila atravessa a placenta em ratos. Não se sabe se a droga é excretada através do leite humano. A sua meia-vida de eliminação do plasma é de aproximadamente 16 minutos (com uma variação entre 8-20 minutos) e é dose-dependente. O composto desaparece do plasma em cerca de 3 horas. A conversão da fluoruracila em metabólitos ativos se dá dentro das células específicas.
Cerca de 7% a 20% da dose total injetada é excretada inalterada na urina, em aproximadamente 6 horas. O restante é metabolizado principalmente no fígado e catabolizado similarmente como dióxido de carbono respiratório, uréia e a-fluoro-ß-alanina. Os metabólitos inativos são excretados na urina em 3-4 horas.
O emprego de fluoruracila se dá em vários tipos de tumores, entre eles tumores malignos de mama, do trato gastrintestinal e da pele. O esquema terapêutico pode utilizar o medicamento isoladamente ou em combinação com outros agentes.

Farmacocinética

Características
Modo de Ação
Fluoruracila inibe a divisão celular através do bloqueio de síntese do DNA (inibição enzimática) e pela formação de um RNA estruturalmente defeituoso (incorporação fluoruracila).
Um evidente efeito inibitório no crescimento de vários tumores transplantados foi observado em animais. Na prática clínica, remissões temporárias e parciais associadas a uma melhora subjetiva e alívio da dor, podem ser alcançadas em certos tipos de tumores.
Farmacodinâmica
Fluoruracila é um medicamento antineoplásico, análogo da pirimidina, que age como antimetabólico à uracila. A ação destes compostos é devida a seus produtos de anabolismo, produtos estes que provocam interferência na síntese de DNA bloqueando a conversão do ácido deoxiuridílico em ácido timidílico pela enzima timidilato sintetase.
O mecanismo de ação exato de fluoruracila não está bem determinado, mas acredita-se que a substância age como antimetabólico através de pelo menos três vias diferentes.
As ações bioquímicas que podem explicar a citotoxicidade do composto são as seguintes: A fluoruracila é convertida à sua correspondente ribosefosfato (5-FUTP), que por sua vez é incorporada ao RNA, inibindo o processamento e a função deste último; um segundo metabólito, o 5-FdUMP, liga-se à timidilato sintetase, inibindo a formação eventual de dTTP, um dos quatro precursores necessários para a síntese do DNA. Assim, o composto interfere com a síntese dos dois ácidos nucléicos, o que explica a sua citotoxicidade. Em terceiro lugar, a fluoruracila inibe a utilização da uracila preformada na síntese do RNA bloqueando a uracila fosfatase. A degradação catabólica do composto ocorre em células normais, porém não em células cancerosas, explicando assim a sua ação antineoplásica.
Foi demonstrado que fluoruracila administrada por via parenteral, inibe o crescimento de tumores em humanos e estes efeitos terapêuticos são maiores sobre as células da medula óssea, mucosa intestinal e determinados tumores de mama, reto e cólon.
Farmacocinética
A absorção da fluoruracila a partir do trato gastrintestinal é imprevisível e incompleta, pois ocorre degradação metabólica, principalmente a nível hepático, assim, seu emprego se dá exclusivamente por via parenteral.
Após administração intravenosa, a fluoruracila é dispersa rapidamente a partir do plasma e distribuída através dos tumores, mucosa intestinal, medula óssea, fígado e outros tecidos. Apesar da lipossolubilidade limitada, a substância atravessa rapidamente a barreira hemoliquórica e se distribui para os tecidos cerebrais e líquor. Os estudos de distribuição em animais e em humanos mostraram que as maiores concentrações da droga ou de seus metabólitos são encontradas nos tumores do que nos tecidos adjacentes ou nos correspondentes tecidos normais. Demonstrou-se também que existe maior permanência da fluoruracila em alguns tumores do que nos tecidos normais do hospedeiro, talvez devido ao catabolismo alterado da uracila. A fluoruracila atravessa a placenta em ratos. Não se sabe se a droga é excretada através do leite humano. A sua meia-vida de eliminação do plasma é de aproximadamente 16 minutos (com uma variação entre 8-20 minutos) e é dose-dependente. O composto desaparece do plasma em cerca de 3 horas. A conversão da fluoruracila em metabólitos ativos se dá dentro das células específicas.
Cerca de 7% a 20% da dose total injetada é excretada inalterada na urina, em aproximadamente 6 horas. O restante é metabolizado principalmente no fígado e catabolizado similarmente como dióxido de carbono respiratório, uréia e a-fluoro-ß-alanina. Os metabólitos inativos são excretados na urina em 3-4 horas.
O emprego de fluoruracila se dá em vários tipos de tumores, entre eles tumores malignos de mama, do trato gastrintestinal e da pele. O esquema terapêutico pode utilizar o medicamento isoladamente ou em combinação com outros agentes.

Dizeres legais

Venda Sob Prescrição Médica.
Uso Restrito a Hospitais.
MS - 1.0043.0795

Indicado para o tratamento de:

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